The Vampire Diaries

Finalmente, aqui vamos nós.

"The Vampire Diaries" é e sempre foi uma das poucas séries capazes de fazer uma construção mitológica impecável ao longo de uma temporada. Neste quarto ano, porém, TVD escorregou em termos de ritmo, que se antes seguia frenético, nos últimos episódios se equiparava a um vampiro-dissecado correndo em maratona de vampiro-original. Mas quando vemos episódios como "A View to a Kill" voltamos a nos empolgar com a trama e a queimar (muita) verbena em agradecimento a Santa Plec.

Este 4x12 é, portanto, como uma gorda bolsa de sangue em relação aos pequenos frascos de O negativo que recebemos ao longo deste período em que ficamos aprisionados ao marasmo da série. Desse modo, "A View to a Kill" finalmente encaminha a trama para o encontro da tão aguardada cura para o vampissexualismo, assim como traz a promessa da libertação de Silas-Imortal-Não-Morre-No-Final.

Isto, todavia, teve um preço caro a ser pago: a infeliz morte de mais um original, Kol-Me-Maybe, que nos deixa após receber de Jeremias a adaga original no peito, também auxiliado pela poderosa encanação de Mystic Falls e suas doses extras de verbena.

Esta ideia, é claro, não poderia ter vindo de ninguém que não Bruxa-Pai, em mais uma tentativa de controlar os vampiros da cidade, enquanto nem sequer consegue manter Bruxa-Isqueiro e sua temível magia afrodescendente na linha. Com isso, ainda tivemos o retorno de Bruxa-Mãe/Bruxa-Vampira (ou Bruxa-Híbrida/Bruxa-Gira) a série, que além de não servir para absolutamente nada, realizou o feito de ser a maior e mais irritante empata-plano desta e da próxima década. 

Bruxas à parte, neste 4x12, Rebekahchorra e Pastelfan conseguiram me fazer acreditar, pela primeira vez em quatro temporadas, que eles de fato são vampiros - seres imortais que viveram décadas a fio, presenciando a evolução da música, do cinema e até mesmo da moda - o que se reflete nos diálogos do casal quando os mesmos discutem as mudanças ocorridas ao longo dos anos se mostrando até mesmo saudosistas. 

Pela primeira vez, também compreendemos os interesses de Rebekah, que em meio a bailes e corsages, deseja apenas a oportunidade de "ser" humana. Por isso, não há como não respeitar ou até mesmo achar nobre a decisão de Stefan de mantê-la viva, contradizendo inclusive a Elena e a todos. Isto também serve para confirmar o que tenho dito desde o fim do relacionamento do casal: Stefan sem Elena é muito melhor que Pastelfan com recheio de mimimi. Vida longa a Rebefan! Ou melhor, imortalidade.

Notas do diário:

- Não entendo toda essa caça à cura, quando sabemos muito bem que podemos encontrá-la na Globo Marcas.

- Jeremias, depois de décadas para completar a tatoo, finalmente poderá voltar a sair com os emos de Mystic Falls.

- Nada melhor que a cena inicial de Stefan acordando com expressão de medo ao lado de Rebekahchorra e se perguntando se havia contraído herpes original.

- Nunca pensei que diria isso, mas Bonnie se mostrou muito útil ao prender Klaus na sala de estar dos Gilberts com envoltório de SBP. Slogan mudando para: Proteção contra os vampiros, contra os vampiros.

- E como não poderia deixar de ser, R.I.P Kol-Me-Maybe.

Até semana que vem!

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