Sou eu quem queria ter amnésia e esquecer os primeiros 30 minutos deste episódio.

Se na semana anterior, TVD trouxe uma bela dose de mitologia sobre a origem dos(das) doppelgangers, nesta ela retorna ao marasmo e a repetir tramas antigas vergonhosamente. É provável que os roteiristas tenham tido seus cérebros fritados por uma bruxa de 2000 anos, porque só isso explicaria o fato dos mesmos simplesmente esquecerem que já abordaram o plot de StefanMãeTôComFome dezenas de vezes e o fato de que isto já não funciona mais.

Aliás, tudo, absolutamente, tudo o que vimos neste 5x04, já foi visto nas quatro temporadas anteriores da série. Santelena indecisa sobre seus sentimentos, Pastelfan com fome por menstruação, Bruxa Isqueiro se masturbando enquanto vê Jeremy malhar... opa, essa é novidade. Pela primeira vez, tive a impressão de que em 5 anos de série, pouquíssima coisa (para não dizer nada) mudou.

E o que temos de diferente, também pouco interessa, como o plot Atividade Paranormal de Mattédio que, por sua vez, vive tirando sonecas e sendo possuído por uma viajante em uma trama completamente deslocada. Tudo o que sabemos é que o bartender deve proteger uma faca avulsa e ficar abrindo e fechando os olhos 89 vezes por episódio para nos lembrar (como se houvesse necessidade) de que há algo dentro do seu corpo.

O pior, porém, foram as tentativas do roteiro de rebuscar a antiga dinâmica do triângulo amoroso da série, ao colocar Santelena e Pastelfan para fazerem uma tour pelos momentos sonolentos que estes passaram juntos. E se as cenas da dupla surtiram efeito em alguém, foram somente nos fãs de Stelena que vivem na esperança de que o casal volte a ficar junto e nos mate de tédio. Já quem não liga para isso, teve a sensação de que Elena estava sendo uma puta vadia e se aproveitando da amnésia de Stefan para passar a mão nele a cada oportunidade que tinha, ao invés de ajudá-lo a recuperar sua memória.

Enquanto isso, temos todos os personagens da série se perguntando "cadê Bonnie quando precisamos dos seus poderes, já que é só para isso que ela serve?" e Jeremy tentando contar a Damon que a mesma havia sido morta ao trazê-lo de volta. E, quanto a isto, eu entendo toda a revolta de Damon ao ouvir que Bonnie usou sua única oportunidade de se sacrificar para trazer alguém como Jeremy de volta a vida, e não outros personagens interessantes como Lexie.

Se houve algo que funcionou neste episódio, foi o funeral (mais atrasado da história, aliás) de Bruxa Isqueiro, em que foi impossível não sentir algo pela perda dos personagens, ainda que Bonnie não seja a personagem mais querida do mundo. Seu discurso feito através de Jeremy foi emocionante e para completar tivemos o retorno de Tyler que agora poderá trazer um pouco de diversão a vida universitária de Caroline.

Por fim, TVD me deixa mais uma vez triste por provar que se tornou só mais uma série de qualidade irregular na TV. A pergunta é: será que um dia poderemos elogiá-la como fazíamos na segunda ou terceira temporadas? Bom, só se os roteiristas recuperarem suas memórias e recordarem do que fazia a série ser tão criativa e divertida antigamente. É... vamos torcer para que esse feitiço de amnésia não dure por muito tempo.

Notas do diário:

- Quero ver qual vai ser a justificativa da vadia do Tyler para não ter respondido nenhuma das ligações de Caroline.

- Bonnie, minha filha, você bem que poderia ir para o além e nos deixar em paz, né encosto?

- O que diabos aconteceu com o cabelo de Elena?

- E Stefan que decidiu, depois de uma conversa de 30 segundos com Caroline, que seria um rapaz comportado e que não iria mais estripar ninguém? Bipolaridade, é você?

- Todo mundo teve alguém para abraçar no funeral, menos Mattédio que ficou de vela abraçando o seu viajante interior.

- Que virada essa do final do episódio. Jurava que o professor de biologia era do bem. Só que não...

- E o prêmio cara de choro mais feia do ano vai para...


PS.: Me desculpem por não ter feito review nas duas últimas semanas, meu PC quebrou e eu não queria fazer as reviews de qualquer jeito.

Até semana que vem!

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